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Pepita, 2022
Solar dos Abacaxis - Rio de Janeiro

Em suas investigações recentes, Mônica Ventura dedica-se a filosofias e processos construtivos da arquitetura e artesanato pré coloniais, dedicando-se, sobretudo, aos saberes oriundos do Continente Africano, dos Povos Ameríndios e da Filosofia Védica.  A artista entoa sua memória corporal friccionando-a com sua ancestralidade a partir de suas experiências e pesquisas. Em suas obras, Ventura nutre um particular interesse pela cosmologias e cosmogonias Afro-Ameríndias para além do uso dos seus objetos, símbolos e rituais. 

 

Desenvolvida a partir da instalação De Amanhã para Ontem (2020), Pepita (2022) inspira-se em festivais de culto aos ancestrais – celebrações anuais para demonstração de respeito e reconhecimento aos que vieram antes, comuns no Togo e no Benin. Durante estas festividades os ancestrais são materializados e manifestados através de dispositivos invólucros elaborados em materiais diversos, especialmente em palha da costa. Ventura apropria-se das formas e cores vibrantes destes dispositivos, exacerbando uma proposta instalativa que exalta e reverencia a alegria observada nas festividades de celebração aos ancestrais.

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